Do Avesso E Contrário

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Ribeirão Preto, SÃO PAULO, Brazil
Aposentar para viver melhor, sem deixar de lutar pelos seus direitos e dos que continuam na luta. Sou bancário diretor do sindicato dos bancários, sempre estive na luta por melhorias para a classe bancária. Estou próximo à aposentadoria, mas continuarei trabalhando firme mesmo indiretamente pelos direitos da classe.

Uma historia comum...

Nascido em Patrocnio de Minas Gerais, sexto filho dos 10 que nasceram da união de Nazareth Barbara e Olaide Vieira Silva, ambos mineiros que vieram arriscar uma vida melhor aqui em Ribeirão Preto- SP e nunca desistiram, lutaram muito, nos criaram com sabedoria de antigos, com ensinamentos que aprenderam com seus antepassados , fizeram o que melhor puderam, nos ensinou que o trabalho é que engrandece o homem e realiza seus desejos e sonhos, ensinou mais que honestidade é privilégio são para todos os homens, mas só alguns fazem por merecer. Não importava a idade, ficou forte completou 6 anos soube contar a 100 ( cem ), somar 2+2, colocava-nos pra trabalhar no que fosse mais apropriado. Nunca passou a mão acariciando quando errávamos, pelo contrário, o coro comia feio, mas nem por isto nem meus irmãos e eu guardávamos rancor, em nossas reuniões costumamos relembrar e rirmos muitos da vida e do modo que fomos criados e educados.
Desde os 6 ( seis ) anos de idade comecei trabalhar, fiz de tudo: Olhava carros, recolhia adubo natural dos cavalos e vacas e vendia para colocarem nos jardins, limpei caixa de gordura até chegar a idade de ser guardinha em um banco, deste então fui subindo de cargo até chegar engarregado contábil , em vários setores, passei por alguns bancos: Bco Auxiliar, Bco. BIC, Bco. Fábio Barreto, cooperativa aglícola de cotia , bco Sudameris do Brasil, bco Real, atualmente bco Santander, até me filiar ao sindicato dos bancário de Ribeirão, entrei na chapa ganhamos e tornei-me diretor, ganhando minha liberação para trabalhar somente a favor dos bancários. lutar cada vez mais e usar minha experiência adquirida com os companheiros sindicalistas a quem tenho muito que agradecer pela amizade e companheirismo que sempre me trataram.
Não tem prazer maior quando vencemos uma batalha diante de uma greve. Não sou guerreiro e sim lutador pelos direitos da gategoria, meus e dos meus companheiros .
É isto um pouco deste sindicalista calado, tímido, mas que presta muita atenção no que ouve.
Aprender mais é meu lema.
Valdir Nazareth ( Mirandinha)
25/09/2010

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Solitário por Opção


20/07/2011

Solitário por opção

Fazendo caminhada no meu bairro, como de costume. Quarta feira dia de lixo, caminho só, não tenho amigos nem companhia, prefiro assim pois observo as coisas e as vezes a té faço foto do que acho interessante. Vou andando no mesmo ritmo sempre, levo água, celular e um pau, não para apoio, mas por hábito. De repente em uma virada de rua esbarro em um homem sentado a sombra de uma enorme árvore e comendo seu desjejum. Assusto-me e ele também, peço desculpas, mas ele está muito mais preocupado e diz que não deveria estar sentado ali e sim mais distante da esquina, enquanto ele falava observei que vestia uma calça jeans, uma camiseta de uma propaganda, calçava chinelo de dedos de tiras, o cabelo grande de cor preto, mas avermelhado pela exposição ao sol, por certo há muito tempo, tinha olhos claros, altura 1:80, era forte mas não gordo, vi também que logo abaixo da calçada tinha um carrinho com dois pneus que puxava um caixote de madeira, no lado escrito JR, era pintado de azul e já tinha bastante coisas recolhida para serem recicladas. Fiquei curiosa, minha vontade era grande em fazer perguntas, para iniciar puxei o papo assim:- Nossa! O senhor acorda com o sol, pois ainda são 7 horas e já está com o caixote cheio!Ele limpando a boca foi dizendo - Sim senhora acordo as 5 horas, porem hoje é a primeira vez que faço este bairro, aqui não tem posto de seleta então tive a intenção de vir passar aqui e ver o que conseguia e está sendo bom. Bairro muito tranquilo esse , tirando um idiota que senta na esquina em tempo de derrubar uma senhora em sua caminhada...Eu o interrompi - Por favor esqueça, não aconteceu nada e tenho certeza que tomara cuidado doravante. - Sim! Claro, mas assustei a senhora. - Não! Nem um pouco e depois podemos corrigir isto, você poderia fazer-me um favor, adoro escrever e tenho muito curiosidade sobre vocês, poderia responder-me algumas perguntas, mas só se quiser e sem compromissos, para colocar em blog, ele cortou-me - Sim, posso responder, pergunte, é o mínimo que posso fazer.
- Você tem moradia fixa? - Não senhora, sou um solitário por opção, saí de casa aos 11 anos depois da morte de minha mãe, éramos em 8 irmãos e meu pai nos abandonou, uma história comum senhora, mas eu fiz a diferença, resolvi não entrar pro lado errado da vida e vim de carona, a pé, já trabalhei em muitas coisas, tenho documentos, já tive residencia fixa, trabalhei documentado, mas depois dos 20 anos resolvi ser só, viver só, e não me sinto triste por isto não, nem miserável, durmo em um local tranquilo onde reparo pra não ser invadido por bandidos - Espere! Interrompi, então trabalho pro dono do local? - Não, apenas em troca de dormir no galpão e guardar minhas tralhas. Lá não vai ninguém e quando tenta eu ponho pra fora. Saiu sedo e consigo meu sustento e ainda mando um troco para minhas irmãs, mas voltar a conviver com pessoas juntos nunca mais, sou feliz assim, minha vida é assoviando e trabalhando, quando me chateio com algo peço a Deus proteção e alívio para as dores, e vida longa enquanto eu puder trabalhar. Já tentei viver em comunhão com outra pessoa, mas foi um inferno! E se tenho que viver no inferno aqui e na outra vida, melhor aqui fazer minha escolha. Eu o ouvia sem respirar para não chamar sua atenção, e ele continuava - Já tive até uns cachorrinhos e até esses me abandonarão ou por morte como fez minha mãe ou simplesmente não quis dicar comigo...
Não resisti e o interrompi novamente - por favor, não me tenha por ignorante ou curiosa demais, mas responda-me por favor, claro se quiser e não tenha vergonha de responder toda verdade e da maneira que seja, eu vou dizer-lhe, meu blog trata de vidas sexuais, mas sinta-se a vontade para dizer só se quiser mesmo, como vice sem carinho, amor, sexo principalmente? Ele desamarrou e amarou os cabelos num gesto rápido, levantou-se ficando enfrente a mim, deu-me um arrepio, meu Deus! Toquei no que não devia, ai vem chumbo! Como ele era alto, aproveitei e falei sem graça, desculpe-me...- Senhora, não tenha medo, está branca, eu nos meu 47 anos e meus 1:80 nunca fiz mau a ninguém. Eu tenho um coração, poderia me apaixonar, ter família e tentar viver como os os homens comuns, mas eu aposto na solidão e quando quero aliviar minha tenção sexual procuro alguém, um lugar adequado e me alivio, volto pra meu canto e sou feliz assim. Agora a senhora me dê licença que preciso encher meu carrinho mais umas 2 ou 3 vezes, sou solitário mas tenho obrigações. Pode escrever tudo no seu blog e que tenha muito sucesso, aposto que escreve muito bem, pois ouvir a senhora sabe até demais. Vá com Deus e mais uma vez desculpe-me. Pegou seu carrinho com facilidade e saiu puxando e eu fiquei a ouvir seu assovio até ele virar a outra esquina.
Íris Pereira

sábado, 16 de julho de 2011

Dilma..."DECEPCIONA" - José Nilton Mariano Saraiva

Quem não lembra da sórdida e abjeta campanha da qual ela foi vítima às vésperas da última eleição presidencial ??? Como esquecer a profusão de afagos e “carinhosos” rótulos com os quais foi “distinguida” antes e ao longo do penoso processo sucessório: terrorista, mulher-macho, bandida, sapatão, homossexual, inexperiente, guerrilheira, pau mandado, lésbica, poste e por aí vai.
Movidos pelo sectarismo e intolerância, seus abusados detratores chegaram a vaticinar que, elegendo-a, o Brasil estaria abdicando do futuro, cavando a própria sepultura, rumando de encontro ao caos, assinando o próprio atestado de óbito (daí a necessidade de sangrá-la à exaustão e enterrá-la... preferencialmente viva).
E, no entanto, de nada adiantou tão intensa e infame campanha difamatória, já que a maioria da população brasileira houve por bem referendá-la nas urnas, dar-lhe um voto de confiança, sufragá-la sem medo, certamente que agradecida e confiante na indicação do seu “padrinho” político, aquele que tanto fez pelos menos favorecidos em seus oito anos de mandato – Lula da Silva - o maior presidente que o Brasil já teve. Assim, nada mais natural que a “goleada” acachapante e estrondosa nas urnas.
Agora, decorridos apenas seis meses da sua assunção ao “trono”, o “poste” DECEPCIONA ao mostrar que tem luz própria, que uma “presidenta” pode muito bem equiparar-se a um “presidente”, que uma mulher no comando não mete medo a ninguém, que já passou o tempo da fêmea adstringir-se às tarefas domésticas ou apenas servir de objeto sexual e, enfim, que é possuidora da “massa cinzenta” necessária a separar alhos de bugalhos, além de dotada do perfil técnico-executivo-gerencial necessário à empreitada.
Para tanto, nada melhor que começar cumprindo humildemente o que houvera prometido durante a acirrada campanha, qual seja, que o seu governo seria a “CONTINUIDADE” do governo Lula da Silva, em termos de priorização do “social”, de beneficiamento dos menos favorecidos, da opção pelos desafortunados, da busca incessante de catapultar da miséria milhões de irmãos (processo que já houvera sido iniciado pelo “padrinho”).
Para tanto, por qual razão não manter algumas peças que, reconhecidamente, “deram de conta do recado” na administração pretérita, em termos de eficiência administrativo-operacional ??? Por que não aceitar que o próprio antecessor, um homem experiente, ponderado e passado na casca do alho, o ajudasse na escolha e composição da equipe ministerial ??? E aí, a presidenta Dilma novamente DECEPCIONA seus algozes, ao exercitar e por em prática o que cumprira.
Só que (e isso é imprescindível de ser ressaltado), como o sistema político vigente no país sujeita o chefe do poder executivo a depender da tal “governabilidade”, há que se conviver (lamentável e obrigatoriamente), com uma briguenta, difícil, heterogênea e multifacetada coligação suprapartidária, onde os candidatos aos cargos de confiança são indicados pelos partidos componentes da base de sustentação do governo; e aí, não há como escapar às “surpresas desagradáveis” ou aos “desvios de conduta” oriundos e resultantes de um universo tão complexo.
Para tanto, há que se ter a necessária coragem de cortar na própria carne (quando preciso for) como forma de extirpar o mal pela raiz, mesmo e apesar do “prestígio” de algum deslumbrado que se tenha extasiado com o poder momentâneo. E aí, a presidenta Dilma de novo mostra toda a seriedade que a caracteriza e, mais uma vez DECEPCIONA aos “eternamente do contra”, ao apresentar o “bilhete azul” para figurões que atabalhoadamente meteram os pés pelas mãos, se perderam ao longo do caminho. Assim, as demissões de Antonio Palocci (uma indicação do próprio ex-presidente Lula da Silva) e Alfredo Nascimento (do PR) são exemplos vivos da determinação e objetividade que caracterizam a primeira mulher presidenta do Brasil. E haverá, sim, novas “baixas-substituições”, ao longo do seu mandato (podem apostar).
No mais, a presidenta Dilma DECEPCIONA (arre égua... de novo, outra vez, novamente) ao adotar e licitar as obras de ampliação e modernização dos aeroportos brasileiros sob o regime de “concessão” (ou cessão com “prazo determinado” pra devolução) e não o de “privatização” (entrega definitiva do patrimônio público, normalmente a preço de banana, como o fez o ex-presidente FHC, com o setor de telefonia). E no clímax da exploração do “pre-sal” não será diferente, pra desespero dos sectários e intolerantes que insistem em tentar confundir ou misturar tais conceitos e práticas (por má-fé, masturbação intelectual ou mesmo pura ignorância).
De sobra, ao momentaneamente deixar de lado o estilo “gerentona” e exercitar sua porção “ternurinha” (soft ou ligth), Dilma DECEPCIONA ao, propositadamente, inflar o ego do “príncipe dos sociólogos” (FHC) saudando-o de forma irônica na passagem dos seus 80 anos de idade (sinal de que a cada dia se credencia para integrar a equipe do “Instituto Butantã” - ambiente de cobras criadas – quando da política resolver afastar-se).
Por enquanto, a presidenta Dilma decepciona, decepciona, decepciona... (na visão "estrábica" dos seus mordazes críticos), enquanto o Brasil cresce, cresce, cresce... (na visão fria e realista dos números, de conhecimento do mundo todo).

16 de Julho - Dia do Comerciante

Neste sábado, 16 de julho, é comemorado o dia do comércio, instituído pelo presidente do Senado Federal, João Café Filho, em 26 de outubro de 1953. A data, uma homenagem ao comércio, é comemorada no dia em que nasceu o Visconde de Cayru - José da Silva Lisboa.

Comerciante Zé Augusto e seu filho Zeca. Representando
todos os Bodegueiros de Várzea Alegre.
Dos mascates aos pequenos e médios comerciantes, e destes aos grandes conglomerados econômicos, a história do comércio foi marcada pela criatividade humana, pelo fascínio do consumismo e pelas tentativas em atendê-lo. Desta maneira, milhares de pessoas, físicas ou jurídicas, veem-se envolvidas, diariamente, direta ou indiretamente, em transações mercantis.

Vários aspectos da economia se misturam na arte do comércio, pois é com o avento do comércio que a cidade cresce, buscando cada vez mais ramos para se desenvolver. A geração de empregos e renda também fazem dos estabelecimentos comerciais a ocupação, o “ganha pão” e a vida de muita gente.
( fonte:amambai - noticias)

DESEMPREGO, NUNCA MAIS - Delúbio Soares (*)

No governo anterior ao do presidente Lula, um breve ministro do Trabalho disse que no Brasil não havia desemprego, mas "crise de empregabilidade". Aqueles colunistas econômicos que sempre aplaudem os governos neoliberais, os desacertos tucanos, os que não tem qualquer compromisso com o povo brasileiro, acharam muita graça, bastante natural e até entoaram as tradicionais louvaminhas e cantochões de costume aos arautos da exclusão social. Ao invés de apresentar propostas válidas e políticas efetivas e consequentes para o combate de uma chaga social (o desemprego que galopava montado em índices absurdos), o governo tucano se dava ao desfrute de jogar com as palavras e fugir do enfrentamento com um problema que afligia dezenas de milhões de brasileiros.
Não faz muito, foi na segunda metade dos anos 90 até 2003, depois que o Brasil optasse por uma mudança radical, mas responsável e exitosa, em 2002 com a eleição do presidente Lula, e nós soubemos no dia-a-dia do país, numa experiência que não deixou saudades e nem deverá ser repetida, o que é o flagelo de famílias penalizadas com o desemprego de seus membros, com as dificuldades de sobrevivência batendo à porta, as contas em atraso e o governo absolutamente indiferente ao sofrimento da população, como se nada tivesse a ver com tamanha ignomínia. Tinha, sim, tudo a ver. Prova disso é que preferiu, depois do experimento desastroso dos governos neoliberais e descomprometidos do PSDB, eleger modelos de administração pública absolutamente voltados para o desenvolvimento econômico e social com nítido compromisso popular e democrático. Foi assim com Lula. Assim está sendo com Dilma.
O desemprego que atingiu níveis estratosféricos no Brasil nos anos 90, refletido nas panelas vazias, nas filas quilométricas que dobravam quarteirões em busca de poucas vagas de empregos disponíveis, dos salários achatados, do funcionalismo público sem reajuste por uma década, dos aposentados chamados de "vagabundos" pelo próprio presidente da República, é o Brasil que, sem medo e sem ódio, nós enterramos no passado. O presente é rigorosamente diverso. Os níveis de emprego são o retrato de uma Nação que encontrou o seu caminho de prosperidade e sabe o que quer, o caminho a ser trilhado e onde vai chegar.
Após a crise financeira global de 2008, que deuum novo rumo na economia internacional, abalouos Estados Unidos e vários países ricos e que no Brasil não passou de uma "marolinha" na sábia definição do presidente Lula (tão criticado quando o disse, o presidente foi corroborado pelo processo histórico, que mostrou que ele, uma vez mais, analisava com visão de Estadista e antevia o sucesso do Brasil quando muitos, da oposição e da imprensa, preconizavam o caos e a falência do nosso país), passamos a ser vistos com o respeito que merecemos. A economia, que já vivia um ciclo virtuoso, continuou dando mostras de vitalidade, fundada em sólidas bases: um mercado consumidor crescente; uma classe média ascendente com a chegada de mais de 30 milhões de brasileiros vindos das classes D e E; a indústria vivendo uma fase áurea e o comércio vendendo como nunca; uma política de crédito democratizado; a sociedade experimentando projetos sociais como o Pro-Uni, na educação, e o Minha Casa, Minha Vida, na habitação, que modificaram a vida de milhões de brasileiros.
Na base de um país que mudava radicalmente suas estruturas, uma questão ao mesmo tempo simples e fundamental: o emprego. Para um governo chefiado por um trabalhador, nada mais sério do que a carteira assinada, o salário no fim do mês, as garantias trabalhistas, os direitos sociais, a questão previdenciária. E assim, o Brasil espantou o fantasma do desemprego e alcançou uma realidade jamais pensada na década perdida de FHC e seu desgoverno: o fim do desemprego. A Manpower, conceituada empresa voltada à área de recursos humanos, não faz muito, acendeu o sinal verde e anunciou ao mundo: o Brasil liderava o ranking dos países das três Américas nas contratações de empregos. As estimativas chegavam aos 38%, bem acima de países como Peru e Costa Rica, com 23% cada um, Argentina, com 18%, Colômbia, com 16%, e Panamá, com 15%. Num dos pontos mais baixos, estão os Estados Unidos, com apenas 5%, mesmo índice do início de 2010. É claro que notícia assim não mereceu o destaque devido, perdida em cantos de páginas dos cadernos de economia. Mas, somente nos governos do PT o Brasil conheceu o fim do desemprego, o emprego pleno.
Nas minhas andanças pelo interior de Goiás e por todo o Brasil, tanto visitando companheiros do PT, como em contato com a sociedade civil ou atendendo convites para palestras ou debates em diversos Estados, ouço sempre duas observações interessantes: a primeira é a de que não existe o desemprego, sobram vagas, todos os que procuram ocupação e querem trabalham encontram oportunidade. A segunda é a de empreendedores, de empresários dos mais variados segmentos da economia que se queixam da dificuldade de encontrar pessoal em número suficiente para fazer frente às suas necessidades, pois há grande concorrência no mercado e fartura de vagas sendo oferecidas. Dá gosto ouvir isso! Seja em Itumbiara, uma rica cidade do sul de Goiás, a que sou ligado por laços afetivos e onde só tenho amigos em todos os partidos, seja no Recife, onde o surto desenvolvimentista que cobre Pernambuco de obras e de sucesso, me fez ouvir observações absolutamente iguais.
Em Itumbiara, um jovem construtor relatou-me que abriu 40 vagas para pedreiro, mestre-de-obra, carpinteiro, serralheiro, etc... Salários bastante razoáveis. Teve dificuldade de preencher todos os postos de trabalho, pois há na região, como de resto em todo o Estado de Goiás, o pleno emprego, a ocupação absoluta da mão-de-obra, com a ausência total de trabalhadores que queiram trabalhar e não tenham chance. "Quem quer trabalhar, trabalha" - disse o empresário, que, aliás, não é do PT. Mas, completou: "Delúbio, dou o braço a torcer. Isso é fruto do governo do Lula e do que vocês petistas fizeram. Era preciso que alguém pensasse no povão. Quando o povo teve vêz, a economia passou a girar e nós, empresários, ganhamos muito com isso. O Lula foi o grande presidente para todos nós". Palavra de um empresário e eleitor que NÃO votava no PT, mas sempre acreditou no Brasil.
Onde está aquele Brasil do desemprego, do desânimo, da tristeza, da falta de horizontes e da desesperança que assaltava mentes e corações? Onde está aquele país das famílias penalizadas pelas demissões em massa, pelas falências de empresas e pelos cidadãos sentados nos bancos das praças procurando nos classificados alguma oportunidade para sustentar seus entes queridos? O que foi feito daquele tempo em que um ministro tinha a petulância de negar o escândalo do desemprego que destruia o tecido da Nação e tergiversava transformando-o em "crise de empregabilidade"? Está na memória da infâmia e no passado que não permitiremos que volte jamais. Está na crônica dos dias cinzentos em que povo era bom visto do palanque em época de eleição. Está arquivado no passado triste que não esqueceremos sob pena de vivê-lo novamente como punição.
 
As perspectivas para nosso país são alvissareiras e os pregoeiros do caos estão sem bandeira. Tem apenas o rancor e o ressentimento de sempre. Nada tem a apresentar ao Brasil e aos brasileiros. Nós, do PT, com Lula e Dilma, temos o presente: sucesso administrativo, fim do desemprego, a pujança da agroindústria, um novo Brasil com poderosa classe média, estabilidade econômica, credibilidade internacionais jamais vista e um futuro promissor.
A base sólida de uma Nação democrática é o trabalhador empregado, podendo dar à sua família as melhores condições de vida e sustento, orgulhoso de seu país, cheio de esperança e confiante no futuro. Desemprego é coisa do passado, desemprego é coisa dos tucanos. Desemprego, nunca mais!
(*) Delúbio Soares é professor

terça-feira, 12 de julho de 2011

O lado Revolucionário da Maria

12/07/2011

O lado revolucionário da Maria.

A Maria anda desolada estes dias, agora deu deixar de olhar suas revoltas individualista e se revoltar com os encalços da vida dos outros, apesar que ela sempre foi muito preocupada com amigos, vizinhos, ela nunca foi muito envolvida politicamente nas decisões e atitudes dos nossos donos do mundo, sempre foi mais uma eleitora quieta e cumpridora de suas obrigações sem no entanto se incomodar em cobrar deste ou daquele político uma ação ou reação à favor dos menos favorecidos. Esta semana no entanto diante de um fato de extrema violência contra os cidadães de uma favela aqui em Ribeirão Preto, vi a Maria se exaltar de uma forma que me abismou, fiquei de mais surpreendida. Eu acreditava que a Maria nunca tinha ligado para estes fatos, pois nunca tinha nem dito uma palavra sequer, nem contra nem a favor de quem quer que seja, mas de uma hora pra outra virou uma fera, parecia ter acordado diante de um pesadelo daqueles, sua vontade era pegar o carro e sair imediatamente até o local e fazer alguma coisa, tomar uma atitude, não o fez, mas deu alguns telefonemas para aluns que já lhe deviam atenção. Não satisfeita escreveu onde podia mostrando sua indignação. Procurou ajudar materialmente como pode, mas a situação realmente era lastimável e somente os políticos, aqueles que foram lá atras dos seus votos poderiam tomarem uma atitude digna de uma pessoa que está no poder. Mas até hoje a situação permanece sem solução, como todas as outras já vista não só aqui em Ribeirão Preto, mas em todo nosso país. Agora eu entendo porque a Maria nunca se manifestava, ela assistia sim a tudo e ficava calada, pois simplesmente ela perdeu a esperança nos homens que se matam, se sujam, se violentam para ter o poder, depois que o tem em mãos, só se sujam mais e mais. Quer saber Maria não sabe nem se pode acreditar que existam pessoas limpas de fato neste meio, ela acha que é como um chiqueiro: Caiu dentro fica sujo também.
Quanto aos que se acham donos do mundo a Maria tem uma coisa para dizer: Quem é dono de algo cuida, conserva, ama,é responsável e para ser dono deste mundo que já nos foi entregue perfeito. Não senhores, vocês não são donos nem do que vocês conquistaram, vocês mal são donos de suas próprias vidas.
Não sei se vale alguma coisa o desabafo da Maria , mas este mostrou-me que ela é capaz de lutar por outras causas que não seja só sua família, seus amigos, seu mundinho. Estou orgulhosa pela Maria ter acordado e ter tomado já algumas atitudes que me deixou pensando: A Maria começou a somar.
Íris Pereira

domingo, 26 de junho de 2011

Toda Primeira vez...


26/06/2011

Toda Primeira vez...

Tudo começa como no princípio do mundo, teve que ter uma explosão, ficou tudo desarrumado, tudo uma bagunça, depois aos poucos, bem aos poucos foram se encaixando as coisas em seus lugares.Pra tudo que começa é sempre assim, alvoroço, apetite, boa vontade, desejos incontroláveis, pressa, muita pressa, se está no começo , nunca entendo porque a pressa, sinal que aí acabará logo ou no mínimo caíra na rotina, no descaso, no cansaço, no desgosto.Tudo ao começar é alegria, é descobrimento, conhecimento, é novo, é olhar sempre uma segunda vez pra conferir, é querer olhar uma terceira vez. É não querer perder nunca. Uma roupa nova por exemplo, se veste e se toma cuidado para não deixar cair molho, senta-se em lugar limpo, leva-se com cuidado, mas na segunda vez já nem se olha no espelho com tanto orgulho. Tudo é importante na primeira vez. A franga ao por seu primeiro ovo, vira e revira o ninho muitas vezes, ao deixá-lo sair, grita! Faz um alarido tão grande que todo o galinheiro faz festa. A menina na primeira menstruação troca de absorvente muitas vezes por dia, e olha e confere, e ao sentar senta-se com cuidado, ao levantar-se olha sempre pra traz pra ver se manchou, isto na primeira vez. O pequenino chora ao entrar na escola pela primeira vez, chora ele pra não ficar naquele mundo desconhecido e chora a mãe pra não o largar ali com pessoas que não são ela própria, mas só na primeira vez. O primeiro dia do soldado, a primeira vez que saí a caça do bandido, treme de emoção, quer ser ele a pega-lo, quer corrigir o mundo naquela primeira vez, mas só na primeira vez. O primeiro discurso do politico novato, diz, promete, emociona-se e jura: Serei, farei diferente, cuidarei dos meus eleitores com atenção e cuidado, respeito e dignidade, trabalharei somente em favor e direito do cidadão que me elegeu, mas é só na primeira leitura do seu discurso. Os enamorados ao darem o primeiro beijo juram eterno amor, que sempre serão assim amorosos e carinhosos, atenciosos e enamorados sempre. Amigos ao se conhecerem prometem : Seremos sempre amigos, era de um(a) amiga (o) assim que eu precisava, não viverei mais só, agora temos um ao outro ou uma a outra como companhia para o cinema, teatro, academia, etc tal, mas só na primeira vez, aí como é fácil se imaginar fazendo tudo certo sempre, imaginarmos que tudo será sempre certos como na primeira vez, tudo será organizado como na primeira vez.
Sabe uma coisa que nunca é certo, perfeito , arrumado e devidamente correto? O sexo, ou melhor o ato sexual, não, nunca é harmoniosamente perfeito na primeira vez, mas já a partir da segunda já se pode fazer muito melhor e por aí em diante. a pratica, só não pode é deixar a rotina estragar com a segunda perfeita vez e para isto é preciso que se tenha entusiasmo, se faça descobertas, surpresas, se envolva totalmente e esqueçam o que estiver para acontecer pela primeira vez. Carinho, amor, entrega, amizade, cumplicidade e tesão, ai nada saí errado, nunca quando os dois querem.
Íris Pereira

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Um dai de caos



            Um buraco enorme que vamos tirando areia e quanto mais nos enfiamos nele mais ficamos solitários, mas também descobrimos que o nosso vizinho também está cavando o seu. A unica coisa que levamos conosco é o computador e o celular as duas coisas que nos liga ao mundo real. Enquanto vou cavando, minhas lembranças me cutucam, limpo a testa de suor frio, nem sei se quero continuar cavando ou parar para lembrer o que está vindo de tão, tão distante...
-Mãe deixe eu ir assistir o filme de tarzan , tá passando no moderno e tio macário deixa eu entrar de graça, deixa mãe, deixa?
-Vai varrer a casa Iris, depois lavar a louça e ainda tem a lição de casa. Fique ai pensando em cinema que vai passar de ano na porta da escola.
-Ha! Mãe, eu faço tudo nessa casa, faço todas as lições, nunca repeti de ano e tudo que eu peço é assim, nunca deixa eu ir pra lugar nenhum, nisto sinto um dor na cabeça, nada mais é do que um croque bem dado por responder. Saiu correndo com medo de tomar outros e providencio fazer meus deveres, afinal tenho 14 anos, sou uma moça relativamente livre, pois todos os sábados vou ao cinema, bem verdade não tenho namorado, sou vigiada por 6 pares de olhos bem atentos, mal sabem ele que na verdade eu nem penso nisto de sexo.Ha! que vida que era vivida com vontade, nas férias ia pro sítio. Minha liberdade!!!!!!!!!!
               Dou mais uma cavada no buraco, cada vez mais fundo mais ainda vejo a padaria, o supermercado e a garagem onde fica guardado a maior parte do tempo meu carro, pois nas folgas, que folgas antes de cavar costumava ir ao cinema, teatro, à casa de amigos, dos meus parente, a casamentos, formaturas, comícios, votar, ferias! Eu tinha férias e gostava de viajar. Eram tantas coisas que aconteciam, eu tinha amor, paixão, ternura, agora vejo que estou mais fria, as noticias não me abalam mais como antes, as novelas não me intrigam mais, sempre sei o resultado final. Ler eu gosto, mas estou ocupada em cavar e deixo sempre o livro marcado na mesa de cabeceira, mas tenho que cavar, estou cansada, mas quem se importa? Bom eu que deveria me importar, mas porque? Ia fazer caminhada e sorria e cumprimentava os que por mim passavam, hoje  não posso parar e corro ao ver outras pessoas, desconfio de todos. Quero e tenho que dar um telefonema, mas vou adiando, se fosse como ante eu escreveria uma carta, há! As cartas, eu amava escrever cartas para amigos, pessoas que estavam longe, ainda ia até o centro colocar a carta no correio, hoje não preciso disto, eu cavo, cavo, deu-me sede fui beber agua, passei enfrente ao espelho da sala de jantar, me vi e voltei, tomei um susto! Como estou velho e cansado, será de tanto cavar? Vi meu cabelos já mais curtos e lembrei-me do meu primeiro namorado, ele sabia melhor que ninguém passar as mãos pelos meus cabelos, os pegava como se fossem flores e na hora de me beijar? Aí! Aí! Eram tão suaves seus lábios e tinha gosto de bem querer o seu beijo. Ora estou eu a lembrar coisas em vez de ir cavar. Ao passar pela janela vejo meu vizinho também a cavar e está com pressa, pois nem sua gravata amarrou ainda e está com uma xícara na mão bebendo de pé seu café matinal, seus filhos correm para o carro todos atrasados para serem levados a aprenderem a cavar. Tomo minha agua, olha dentro da geladeira, mas nada me apetece, volto então a cavar, penso no caminho de volta até o buraco se eu deveria fazer outra tentativa de algo novo, mas o que? Tem algo novo? Realmente novo? Devo ligar a tv e ver se aconteceu algo de novidade boa? Não! Melhor não, vou cavar meu buraco onde com certeza não terei nenhuma surpresa agradável ou desagradável. Lá não corro o risco de me chatear, como não? Tantas vezes já me chateei por tentar entender  os buracos, os dos outros porque o meu também está ficando difícil de me entender com ele.
               Cansei é madrugada já mesmo assim não tenho sono, uma vontade de dormir ali mesmo,mas ainda tenho obrigações, não sou responsável só pelo meu buraco, tenho que conviver com outras seres que se dizem humanos, tenho que conviver nem que seja por educação com outros habitantes da minha casa onde estou cavando meu buraco.
                Íris Pereira